sábado, 12 de abril de 2008

Soneto de Maior AmorMaior amor nem mais estranho existeQue o meu, que não sossega a coisa amadaE quando a sente alegre, fica tristeE se a vê descontente, dá risada.E que só fica em paz se lhe resisteO amado coração, e que se agradaMais da eterna aventura em que persisteQue de uma vida mal aventurada.Louco amor meu, que quando toca, fereE quando fere vibra, mas prefereFerir a fenecer - e vive a esmoFiel à sua lei de cada instanteDesassombrado, doido, deliranteNuma paixão de tudo e de si mesmo.

Vinícius de Morais

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